A imagem do demônio acima não é um exagero, uma pintura escolhida para insultar ou meramente criticar, apontar e denunciar a maldade de alguma coisa, pessoa ou um movimento coletivo. Trata-se de algo quase literal. É bem possível que seu filho, sobrinho, neto, irmão, primo, ou até mesmo pai, tio, etc., aprenda em uma faculdade de humanas que demônios não são necessariamente maus, e que é um preconceito milenar, por parte da cultura cristã, associar a imagem religiosa do Diabo com o mal, o corrupto, perverso, mentiroso e afins. Ensinarão para seus familiares e parentes que dizer que “o Diabo é ruim” é.… um preconceito religioso (!).
Se fosse ateu, agnóstico, ou de alguma crença que não acredite na existência de Lúcifer e suas legiões de demônios, eu honestamente pararia para repensar minha descrença! Parece que o Demônio, literalmente, está agindo na cabeça de certos doutrinadores na faculdade. Se dizer que Lúcifer, aquele que tentou Eva, aquele que caiu, tentou Jesus, reina no Inferno e é o Pai da Mentira, é um ser místico, ou divino, como qualquer outro, e apontar que ele é mau é quase que um crime de ultraje ao culto não é coisa do Capeta, então posso afirmar seguramente: quem prega isso é o capeta.
Mas não para por aí: lá ensinarão a quem você ama que… drogas? Melhor liberar! Que cada um tem o direito de escolher deteriorar total e completamente sua vida, não importando se isso afetará os outros que o cercam. Literalmente ensinarão que é relativo (re-la-ti-vo!) se tomar veneno é bom ou ruim. E a aparência, a postura ante a sociedade, a vida pública? Dirão lá, e com toda a seriedade do mundo, que mulheres deveriam andar sem camisa e sutiã por aí, não se importando com o local em que estejam, ou com quem possa se sentir afetado e constrangido por isso.
E ouse tentar questionar… dirão que a universidade é um espaço aberto para a mente de todos, desde que você não seja antiprogressista, pois aí você será taxado de machista, fascista, racista, reacionário, conservador, liberal, estuprador, homofóbico, xenofóbico, e tutti quanti-fóbico. Porque rejeitar seus ideais é ser sinônimo de criminoso, logo, você pode ter ideias plurais num debate dentro de uma faculdade, mas só no eixo mental que eles permitirem. Caso contrário você será igualado, LITERALMENTE, a Hitler.
Ah, por falar em Hitler, portanto, em um ditador, não se pode criticar os assassinos favoritos da galera sem fazer algumas caras feias. Fidel, recentemente falecido, não foi um monstro… nããããããooo! Por isso ele pode ser homenageado pelo partido mais popular das universidades: o PSOL. O golpe de Estado, assassinatos, torturas, mutilações e crimes contra a humanidade que ele cometeu são apenas detalhes. A realidade é outra: são os americanos que fogem para Cuba, não o oposto! Lá há de se encontrar exércitos adoradores de Che, um sujeito que disse na ONU que fuzila e que continuaria a fuzilar inimigos políticos. MAS FIQUE ATENTO! Só ELES podem ter seus tiranos favoritos. Se gostar de alguém mais “calminho”, como Ustra, você é o monstro aqui.
E é claro: eles não farão questão de julgar (mesmo quando acreditam que quem defende Fidel e Che está errado) os seus parceiros de esquerda. Você será julgado. Fale que votou em Bolsonaro e o adorador de bestialidades será você, não eles. Diga que o golpe militar de 1964 foi preciso e justo: o amante de assassinos, malvado e cruel será você. E o amigo do esquerdista um pouco mais são? Ele gostar de Fidel Castro é só um detalhe.
Não dá para deixar de fora: quem entrar no círculo cor-de-rosa do pessoal moderninho e paz e amor ficará em um ambiente que a) inibe toda e qualquer autocrítica. Aquele que apoiar a dita justiça social será um herói, um paladino do mundo melhor. Não há chances de ele errar, portanto, jamais questionará ou procurará rever suas premissas ou suas atitudes. Quem critica o conceito de “homofobia”, por exemplo? Só pode ser alguém que desconsidera e não crê no sofrimento de uma minoria oprimida, logo, só pode ser um opressor, um homofóbico, um criminoso; b) sabe o fato de eles convenientemente amarem grandes assassinos e odiarem os pequenos? Então… Eles não ligam muito para o princípio de não-contradição. Não dão a mínima e não acreditam muito na Verdade, quando não lhes convém. Muitos professores vão dizer até que ninguém está autorizado a dizer que algo é Verdade, pois tudo é relativo (re-la-ti-vo!), porém fazem questão de não aplicar isso em suas realidades. Caso tudo fosse relativo, em termos de valor, então tanto faz defender a morte de gays e defender suas vidas, mas eles não ligam para tal: vivem da e na contradição. Sem a contradição não se sustentariam, não se suportariam. Não apenas a aceitam, como a endeusam. Honestidade e veracidade são coisas de reacionários. Agora… imagine-se em um grupo assim: onde a Verdade é sua prioridade quando convém, onde se é posto no altar dos Salvadores do Mundo, nos Construtores do Futuro… O que se pode fazer para questioná-los, criticá-los, refutá-los? Nada… Eles se colocam em um coletivo que não aceita interrogações, onde a tentativa de impugná-lo é sinônimo de destruir o mundo (imaginário, totalmente) cor-de-rosa e “mais justo” que eles creem.
Isso é o que espera alguém que você preza e ama; alguém de seu seio familiar, na faculdade. A pergunta é: até quando você e a sociedade brasileira de bem tolerarão esse abuso?