O sangue manchou uma vez mais o solo americano. No maior atentado a tiros da história do gigante do norte, 50 pessoas morreram em uma boate gay. Omar Saddiqui Mateen, 29 anos, morto depois em troca de tiros com a polícia, era um entusiasta dos fanáticos assassinos do Estado Islâmico. Uma lástima, uma tristeza – que, como sempre dizemos quando ocorre uma tragédia, a despeito de provocar naturais questionamentos, não existe para ser “politizada” ou disputada por partidos. É uma tragédia para a humanidade, que nos deve comover a todos, invariavelmente, pela pura e simples empatia que devemos sentir.
Barack Obama, Hillary Clinton, a esquerda do Partido Democrata e, no Brasil, a nossa Globo News, infelizmente, não nos permitem viver nesse mundo ideal, e correram a emplacar suas agendas, desviando-se do assunto principal e alvejando inocentes. Cogitou-se a pura e simples “homofobia” dos “cristãos machistas do patriarcado”, associou-se o atentado ao nome do Partido Republicano e do candidato presidencial Donald Trump, e, finalmente, atribuiu-se a responsabilidade à falta do controle rigoroso de armas – agenda antiga de Obama e sua turma. Em seu discurso, aplaudido pelos basbaques por sua suposta beleza, o presidente atual reforçou o desejo de que a pauta desarmamentista seja imposta de uma vez à população americana.
Hillary Clinton, sua candidata à sucessão, seguiu na mesma linha; lamentou o que considerou um “ato de ódio”, solidarizou-se com a comunidade LGBT e frisou que se deve “assegurar que as armas como as que foram usadas (…) jamais caiam nas mãos de terroristas e outros criminosos violentos”, recordando que “as armas de guerra não têm lugar em nossas ruas”. A solução da esquerda americana, invariavelmente, é tirar do cidadão o seu direito à própria defesa, seu direito a escolher como deseja lutar pela sua vida, mantendo nas mãos do poderoso Estado o monopólio absoluto desse recurso. Diante de um crime tão monstruoso, tudo de que são capazes é aproveitar para impor suas soluções imorais e artificiais, castradoras das atribuições populares, tão caras aos valores sobre os quais sua nação foi fundada. Isso, quando não se procura uma brecha para golpear quaisquer pilares da sua cultura e do Ocidente, do “abominável conservadorismo do Texas”, pelas misérias que lhes acometem.
Absolutamente nenhum dos dois, nem Obama, nem Hillary, teve coragem de dar nome aos bois, de apontar a verdadeira raiz do mal, de assumir postura forte e de liderança. Preferiram o atalho fácil do politicamente correto, pronto para brindá-los com os aplausos de sua plateia típica e superficial. Quem foi que tocou no ponto? Quem foi que fez o melhor discurso da noite? Quem pôs o dedo na ferida como a América e o mundo tanto precisam que seja feito? Independentemente de suas excentricidades, ninguém menos que o detestado, o odiado, o injuriado Donald Trump.
Em sua página no Facebook, Trump publicou um discurso muito franco e bem estruturado, em que já começa identificando o inimigo: “na última noite, nossa nação foi atacada por um TERRORISTA RADICAL ISLÂMICO”. Depois de lamentar as mortes e também se solidarizar com as famílias das vítimas, Trump enquadrou Barack Obama e Clinton por nem mesmo dizerem as palavras “RADICAL ISLÂMICO” em seus discursos. Disse que o presidente deveria renunciar, e a ex-secretária de Estado deveria abandonar a corrida eleitoral, pela COVARDIA que demonstraram. Asseverou que as lideranças nacionais dos EUA são fracas, e que se persistirem em ter medo de dizer as palavras certas e identificar a verdade quanto ao mal que estão combatendo, levarão o país à desaparição – ao menos o país como o conhecemos.
Trump lembrou que o terrorista é “filho de um imigrante do Afeganistão que abertamente publicou seu apoio ao Talibã afegão” e, de acordo com o centro de pesquisas Pew, “99 % das pessoas no Afeganistão apoiam a opressiva Lei da Sharia”. Ao se propor cautela razoável na admissão de migrantes, se está partindo de um princípio, imposto pela realidade, de que eles estão vindo de uma região onde impera uma cosmovisão culturalmente enraizada de aversão aos valores ocidentais e americanos, e a tudo que representam. O verdadeiro ódio a homossexuais não é praticado pelos católicos e evangélicos americanos que vão às missas aos domingos ou assistir aos louvores do pastor, mas pelo ISLÃ RADICAL que levou a efeito muito mais chacinas e desastres do que estes tristes fatos que tiveram lugar em Orlando. “Nós precisamos proteger todos os americanos, de todos os antecedentes e todas as crenças, do TERRORISMO RADICAL ISLÂMICO – que não tem lugar em uma sociedade aberta e tolerante. O Islã Radical advoga o ódio por mulheres, gays, judeus, cristãos e todos os americanos. Serei um presidente para todos os americanos, e protegerei e defenderei todos os americanos. Nós faremos a América segura e grande de novo para TODOS”, encerrou Trump.
Com seus inegáveis excessos, com seus aparentes destrambelhos – que, no entanto, estrategicamente se mostraram muito funcionais -, desta vez é impossível estarmos em paz com a própria consciência sem reconhecermos que Donald Trump tem razão. Se costumam depreciá-lo pela sua maneira de se expressar, ele foi o único a se manifestar como uma verdadeira liderança, e a não temer as bobagens enfezadas de quem não admite que só o Ocidente, voltando-se para suas raízes, pode salvar a si mesmo.
2 comentários
Excelente texto, rapaz. Muito lúcido. Meus parabéns!
Lkkkkkkkkk. Como fará para todos? Todos incluem os que nasceram no país e a Constituição os protege. Deixa eu ver… Vc sugere um golpe como fizeram aqui?