É um fato notório dizer que o jornalismo nos últimos tempos no Brasil tem sido usado como bandeira ideológica pela esquerda. Nas mais diferentes redações, sejam elas de jornais impressos, sites ou redes de televisão, a ideologia está totalmente acima das transmissões de notícias. Todavia, uma das poucas áreas onde a panfletagem ideológica não tinha vez – no meio jornalístico – agora tem sido usada de maneira feroz por profissionais periodistas, que é o jornalismo esportivo.
O jornalismo esportivo trata sobre as informações e transmissões dos mais diversos tipos de esporte. Já tivemos jornalistas esportivos que nunca esconderam sua opção pelo ideário de esquerda como João Saldanha e Juarez Soares (filiados ao PCB e ao PDT, respectivamente), todavia estes mantinham uma conduta exemplar em seus trabalhos nos jornais e nas emissoras de televisão, preocupando-se apenas com a transmissão de fatos ligados ao esporte.
A primeira emissora que passou a utilizar seu jornalismo esportivo para difusão de bandeiras ideológicas foi o canal por assinatura ESPN, no período em que José Trajano foi diretor de jornalismo da emissora. Trajano, histórico defensor de ideias de esquerda, utilizava partes da programação da ESPN para difundir pautas esquerdistas, como convocações para atos contra o impeachment de Dilma Rousseff, críticas à prisão do ex-presidente Lula e severas críticas contra a reforma trabalhista.
O socialismo da redação da ESPN fez com que Alê Oliveira, jornalista esportivo que hoje integra os quadros da TV Esporte Interativo, seguidor de uma linha mais humorística, perdesse o emprego na emissora por não se comportar da maneira politicamente correta defendida e difundida por jornalistas do canal por assinatura, como Juca Kfouri e Mauro César Pereira.
Recentemente, a ESPN ganhou uma concorrente de peso em relação à panfletagem ideológica em suas transmissões esportivas. A guinada à esquerda do jornalismo do Grupo Globo chegou até a redação do departamento de esportes nas diversas modalidades de transmissão da informação. No ano passado, em matéria no portal globoesporte.com onde se questionava porque o Brasil não teria novos pilotos na temporada 2018 da Fórmula 1 após a aposentadoria do piloto Felipe Massa. Em uma parte da matéria culpava-se a falta de patrocínios de empresas estatais a pilotos brasileiros, alegando que o governo (ou seja, todos os cidadãos brasileiros que pagam pesados impostos) teria que patrocinar pilotos de automobilismo em nome da “exposição do país no exterior”. Um momento clássico quando o grito de “Fora Temer” da esquerda brasileira passa dos limites.
Porém, o esquerdismo extremado do jornalismo esportivo do Grupo Globo tem se mostrado cada vez mais evidente na televisão. Jornalistas como André Rizek, Walter Casagrande Jr. e Marcelo Barreto costumam dar suas alfinetadas políticas durante os informes esportivos por meio do canal por assinatura especializado em cobertura de esportes SporTV, pertencente ao sistema Globosat. Contudo, a esquerdização tem se mostrado cada vez mais presente em um famoso comentarista esportivo da emissora, o ex-jogador Juninho Pernambucano.
Juninho Pernambucano foi um jogador de futebol com passagens marcantes pelo Vasco da Gama e pelo clube francês Olympique de Lyon, clubes onde é idolatrado ainda hoje. Também jogou pela seleção brasileira de futebol, estando no elenco que disputou a Copa do Mundo de 2006 sediada na Alemanha. Ao se aposentar em 2014, foi contratado pela TV Globo para comentar partidas da Copa do Mundo do mesmo ano, sediada no Brasil e logo após o torneio, foi efetivado na emissora.
O jogador nunca se manifestou politicamente até começar a trabalhar na Vênus Platinada. Juninho já tinha causado polêmica em postagem recente em sua conta no Twitter onde dizia que eleitores do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) deveriam deixar de segui-lo na rede social. Tal declaração gerou bastante polêmica, mas nada comparado com a polêmica a seguir.
Na semana passada, durante o programa “Seleção SporTV”, em que o ex-meio campista é um dos debatedores, discutia-se sobre a derrota do Flamengo para o Botafogo na semifinal do Campeonato Carioca. Juninho Pernambucano questionou a escalação do meio-campo Éverton improvisado na lateral-esquerda, alegando que o jogador de ofício, Renê, não tinha sido escalado pelo técnico Paulo César Carpegiani por a “torcida do Flamengo, segundo ele, ter um preconceito com jogadores nascidos no Nordeste”, tendo em vista o lateral-esquerdo ser nascido no estado do Piauí.
Rapidamente, torcedores do Flamengo rechaçaram a fala do ex-atleta e a diretoria do clube publicou nota de repúdio pelas declarações dadas durante o programa da SporTV. Porém, em vez de ter sofrido queixas da diretoria da emissora, nenhuma sanção foi aplicada. Diferente do acontecido com o jornalista William Waack que perdeu seu emprego na Globo após uma piada relacionada à população negra antes do início da transmissão do “Jornal da Globo” a qual foi filmada por ex-funcionários da emissora. Waack era conhecido pelas suas severas críticas a doutrinas de esquerda, sobretudo aos governos petistas.
Cada vez mais a máxima do ex-presidente chileno Salvador Allende tem sido demonstrada pelo jornalismo brasileiro. O socialista dizia que o trabalho jornalístico deveria ser usado não em prol da informação, mas sim em prol da revolução. O jornalismo tem sido mais e mais difusor de pautas de esquerda e sua defesa cada vez mais apaixonada por aqueles que deveriam informar a população e não defender partidos ou políticos de estimação.
O telespectador de esportes não quer assistir em um noticiário esportivo pautas políticas pois apenas deseja informar-se sobre o que acontece com seu clube de coração ou atividade esportiva predileta. Por essa razão canais como a Fox Sports e a TV Esporte Interativo vem ganhando cada vez mais audiência, por terem o entendimento de que quem quer assistir esportes deseja assistir partidas de futebol, vôlei e basquete ou corridas de automobilismo em vez de assistir propaganda partidária do PSOL ou do PT em um canal voltado ao esporte.